Eliene Amaral, da Defesa Civil de Santarém, diz que muitas famílias já foram remanejadas do local
Depois de perderem parte de seus imóveis por causa do fenômeno das terras caídas durante o período chuvoso deste ano, moradores de Fátima do Urucurituba, comunidade ribeirinha do rio Amazonas localizada no interior de Santarém, reclamam da falta de assistência por parte dos órgãos competentes do Município. Dezenas de famílias que residem na comunidade, distante uma hora e meia de barco de Santarém, continuam sendo vítimas do fenômeno chamado de “terras caídas”.
De acordo com os comunitários, das 71 famílias que moravam em Fátima do Urucurituba, hoje somente 20 insistem em continuar na localidade, alegando que não têm para onde ir. Já as outras 51 famílias abandonaram a comunidade e moram hoje em outros locais, como em áreas de invasão, na zona urbana de Santarém.
As famílias que continuam na comunidade estão em pânico e preocupadas com o futuro, temendo um novo desastre. Os ribeirinhos afirmam que além de ser um fenômeno natural provocado pela queda de barrancos do rio Amazonas, as terras caídas são também provocadas pelos grandes navios carregados de bauxita que passam em alta velocidade, provocando pressão sobre a barranca do rio e ajudando na destruição das margens.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fenômeno das terras caídas acontece todos os anos neste período de vazante na comunidade de Fátima do Urucurituba. A força da água leva casas, barcos, árvores e blocos de terra para o fundo do rio.
Uma estatística da Defesa Civil aponta que em Fátima do Urucurituba existiam 71 famílias, sendo que duas tiveram as residências levadas pela correnteza e sete tiveram que desmontar suas casas por precaução.
Em visita ao local, as defesas civis estadual e municipal constataram que as famílias que ainda estão na comunidade correm risco. Eliene Amaral, da Defesa Civil de Santarém, diz que as providências estão sendo tomadas para dar assistência às famílias, onde muitas já foram remanejadas, mas algumas continuam insistindo em morar na área de risco.
Fonte: RG 15/O Impacto
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